quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dancem macacos, dancem!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Memórias Inúteis

Não sei que utilidade tem isso, mas achei divertido postar (além do que pretendo começar a postar resenhas de filmes por aqui).

Há alguns dias andei lembrando - uma daquelas memórias aleatórias que surgem do nada – sobre um filme que assisti na minha infância. Eu devia ter uns 11 ou 12 anos, estava deitado na cama, e resolvi ligar a TV. O filme havia acabado de começar, então fiquei assistindo.

Tratava-se da típica família americana, em casa, tomando café da manhã logo após acordar. Não me lembro de muitos detalhes, mas uma coisa que ficou marcada foi a fotografia do filme. Ela tinha aquele ar anos 70, com as cores meio desbotadas, etc.

Pois bem, a família toma o café, conversa, etc., e então se preparam para o dia-a-dia. Os filhos se arrumam para ir à escola, o pai para ir trabalhar, e quando abrem a porta: tijolos. É como se alguém houvesse construído um muro na porta da casa. O mesmo ocorre com as janelas. Eles estão presos em casa e não sabem por que isso está acontecendo.

Assustados, ligam o rádio e a TV na esperança de obter alguma informação (talvez uma guerra nuclear esteja ocorrendo), mas ambos estão fora do ar. A família então começa a entrar em desespero.

Eles começam tentar achar uma saída da casa, principalmente quando incidentes estranhos começam a ocorrer: luzes piscando, o ambiente tornando-se insuportavelmente quente, estranhos vazamentos de água, e até uma estranha substância negra, parecendo piche, escorrendo das “paredes” misteriosas que fechas as portas e janelas.

Eles tentam escapar, sem sucesso...

Nessas alturas eu já estava vidrado no filme, achando que era algum filme de terror, e independente disso, totalmente curioso para saber o que realmente estava ocorrendo naquela casa.

Até que, quando tudo parecia perdido para aquela família, os efeitos param, e tudo volta ao normal.

Corta-se a cena, e o foco agora é outra família. Eles parecem ser mais “modernos”, estão na cozinha de casa (também mais moderna) e a garotinha está chamando a mãe aos berros, pois seu irmão colocou sua casa de bonecas no microondas. O garoto sai correndo dando risada, e a garotinha retira a casa de dentro do aparelho...a mesma casa onde a família do filme estava presa.

Resumindo, os personagens do filme eram as “bonecas” da menininha do futuro.

O filme termina com uma frase: “este filme não é uma ficção, ele apenas foi feito cedo demais”.

Isso fez do filme ao mesmo tempo um negócio bizarro e genial. Talvez por isso eu tenha me empolgado de escrever essa porcaria quando me lembrei dele. Só lamento não me lembrar do nome do filme...


Aliás, isso me faz lembrar um certo churrasco, no qual, as 6:00 da manhã, estávamos no meio de uma longa conversa sobre o quão legal seria ter seres humanos em miniatura para podermos nos divertir...(enquanto alguém procurava boldo no quintal).

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fashion Nerd! [Oo?]

Nos tempos de escola, sempre tinha uma galerinha que ficava no canto da sala de aula, uns cinco ou seis meninos, eventualmente havia uma menina entre eles, geralmente, eu. Estes meninos usavam óculos fundo de garrafa, tinham muitas espinhas no rosto, cabelos despenteados e sebosos, ou muito arrumadinhos, igualmente sebosos. Meninos magros demais ou gordos demais, falavam e riam feito “bobos”, os assuntos eram sobre RPG, anime e mangá, comix, filmes de ficção científica, discussões infinitas sobre mundos medievais e disputas entre heróis e vilões, tudo isso acompanhando por uma inteligência absurda e invejável. Eles eram ridicularizados pelos garotos “normais”, que gostam de música da moda, futebol e cabelo arrepiado. Garotos que, como são descolados e extrovertidos, estavam sempre entre as meninas arrancando suspiros... Confesso que eu já suspirei por alguns destes babacas da modinha ¬¬’. Ainda bem que a adolescência passa e a gente ri das merdas que faz!
A diferença entre os dois mundos é que, um é superficialmente fascinante e o outro profundamente fascinante. Acredito que os poucos leitores que nos acompanham não precisem que eu defina qual é qual, né?
Bem, acontece que os valores e padrões da humanidade estão mudando, talvez estejamos evoluindo cada vez mais rápido para a destruição, ou não. Atualmente, ser NERD é FASHION, duas denominações que me pareciam IMPOSSÍVEIS de serem compatíveis. Eu acreditava que essa fusão seria como se a gente amarrasse um pão com manteiga em um gato Oo. Uma amiga comentou ontem que tem até música, não sei se é funk ou axé, rolando no Domingão Faustão que diz que o nerd de hoje será o cara legal de amanhã, como não assisto televisão e tenho mais oq fazer, não sei como é essa música. Vivência em jogos de RPG é critério curricular para estágio, há uma data para a comemoração do orgulho de ser nerd, comentada em sites “descolados” de balada; e quando falamos entusiasmáááádos sobre Masami Kurumada, Tolkien e Marvel, as pessoas se encantam e acham cool. Porra, um dos baratos de ser nerd é justamente ser FORA DE MODA, TÍMIDO e EXCLUÍDO.
Logo mais produtos como chapinha e hipercalóricos serão patrocinados pelo Clark Kent e terão como brinde uma armação de óculos e um par de ingressos para a estéia de Star Wars!

terça-feira, 2 de junho de 2009

A voz do meu egoísmo

Creio que todos (talvez eu mais ainda) chegamos em certos momentos de nossa existência , em que pensamos: “Como seria bom se eu fosse deus”.
Não no sentido religioso, mas no sentido egoísta e cômodo. No sentido de não ter nenhum ser vivo ao seu redor. No sentido de não depender de ninguém (e logo não se frustrar), e também de não ter ninguém dependendo das suas ações (e assim não sofrer com as chibatadas da consciência nos momentos de falha). Ou seja, de estar só, e de ter o poder de moldar a existência de acordo com a MINHA vontade. Com o MEU egoísmo.
Imagine só, você, sentado no grande vazio, capaz de criar a existência ao seu modo, bastando emanar um pensamento.
Pronto, hoje eu quero tal coisa: e lá vou eu, crio a pessoa X, a pessoa Y, a pessoa Z...e com a minha vontade ordeno que cada uma delas haja de tal forma. Tudo em prol da realização da minha vontade. Eu, o grande diretor. E assim realizo todas as minhas vontades, sejam elas quais forem:

- Hoje eu quero assistir duas pessoas se matando: Crio X e Y. “Se matem”.

- Hoje quero ler um livro diferente: Crio F, dotado de uma grande criatividade. “Escreva um livro, agora”.

E assim eu teria meus desejos, de forma cômoda, sem contrariedades, sem problemas, sem dor de cabeça, sem frustração.

Tudo em nome do MEU egoísmo.

Afinal, que de nós não teve esse sonho? Pois no fundo, somos todos egoístas em um enorme círculo vicioso, onde nossos sonhos são frustrados, pois os outros não se importam com eles devido aos próprios interesses, e eles por sua vez tem seus próprios sonhos frustrados pelas nossas vontades egocêntricas.