sexta-feira, 31 de julho de 2009

Eu paranóica? Sou consciente, baby!

Ontem tive um ataque no metrô.
Ao cambalear e perder o equilíbrio com um solavanco da máquina, me vi obrigada a segurar nas barras do metrô... Segurei e SURTEY!
Eu não pego nessas coisas pornadanomundo. São nojentas, oleosas e cheias, infestadas e infectadas com um número incontável de bactérias, vírus, mutantes, aliens e sei lá mais o que, alheios. Não sei onde neguim andou enfiando a mão, que tipo de doenças carrega ali... Não seguro mesmo. Eu sempre consigo me equilibrar, mas depois de dividir duas garrafas de vinho e uma de cerveja com um amigo, acho que ficou meio complexo e dificultoso esse lance de equilíbrio.
Enfim, meu amigo não sabia se ria, se me acalmava, se saia correndo, se fingia que não me conhecia quando me viu tremer e gritar por ter pegado nas barras. (acho que ele nunca mais vai sair comigo Oo’) Foi uma linda comédia trágica!
Ele disse que eu tenho TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
Eu discordo. Não tenho TOC, sou apenas LIMPA e CONSCIENTE. Não tenho que contaminar a minha pele lisinha, macia e sensível só por que é mais “normal” não ter nojo de pegar nas barras do metrô, onde TODOMUNDO pega!
Resolvi contar para uma das pessoas que eu sabia que me compreenderia. Minha amiga Rebeca. Partilhamos da mesmíssima opinião em quase tudo, ela me compreendeu e eu resolvi homenageá-la colocando as sábias palavras que sua genialidade cuspiu, aqui neste blog:

“Meo, tem um povim que tem um tipo de cheiro, um cecê de bebida, com cigarro, com fedor de sujeira, que eu não aguento. Sério mesmo. Já até desci ponto antes só por não aguentar ficar perto. Já tive que pegar na minha mochila, passar desodorante na manga da blusa e ficar com ela enfiada no rosto.
Eu sou muito nojentinha com essas coisas. Mas porra, isso que é o certo.
Se todo mundo pensasse no bem estar alheio, seria melhor. Eu, por exemplo. Sempre passo um perfuminho antes de sair. Pra não ficar fedida se eu suar. E sempre carrego um desodorante na bolsa. Mas porra, tem neguim que parece que GOSTA de ser fedido. Se foder!

Devia ter um detector de cheiros na porta do ônibus. Se você fede, não entra. :D
E um teste de conhecimentos pra comprar comida. Se você não estuda, não come
.”


Hoje comprarei um frasquinho de perfume para colocar álcool e o deixarei sempre na minha bolsa, junto com uns lencinhos e talvez máscaras. Assim, a vida vai ficar mais limpa e bela! *\o/*

sábado, 25 de julho de 2009

Revoltey!

Nossa, se eu for escrever sobre esse assunto, vou criar pelomenos mais uns 5 bilhões de palavrões novos!

Ao ler coisas assim, começo a achar super digno que a Coréia do Norte use suas armas nucleares a acabem com a porcaria da humanidade!!!!

><’

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Considerações sobre os eventos de anime.

Antes de iniciar vou deixar claro que tal ponto de vista não abrange todos os eventos. E por questões éticas não vou citar nomes.

Há um número considerável de eventos de anime realizados a cada ano, não só em São Paulo, mas em outros estados brasileiros. Tais eventos atraem um enorme público, que possuem o gosto comum por mangás, animes, cosplays, HQs, brinquedos, e pela cultura oriental em geral.
Um detalhe particular de tais eventos é o alto preço dos ingressos. Que geralmente (eu disse geralmente, pois como foi dito no início essas considerações não englobam todos os eventos do gênero) custa acima de R$ 20,00. É aí que o problema começa, pois tais ingressos são vendidos ao mesmo preço tanto para estudantes quanto para não estudantes sob o pretexto de que “todos pagam a meia-entrada”. Porém, a lei que regulamenta o pagamento de meia-entrada é clara ao afirmar que, estudantes pagam meio valor sobre o preço efetivo. Ora, se TODOS estão pagando o mesmo preço, aquele é o preço efetivo e não o preço anunciado (mas nunca cobrado) como sendo o valor da inteira, logo os estudantes deveriam pagar metade do valor do ingresso cobrado normalmente. Mas...estamos no Brasil, a lei é mal elaborada, e ficaria fácil deturpar seu sentido...bastaria que nesse caso eles passassem a cobrar o valor anunciado como sendo o da inteira de todos os não estudantes, e o valor que já cobram do público geral, como meia-entrada dos estudantes...o que seria ainda pior e mais caro.
Ainda falando do preço, não se trata apenas da questão da meia-entrada, mas sim daquilo pelo qual se está pagando: PARA ENTRAR EM UM EVENTO. Aqueles que não dão valor ao seu dinheiro que me desculpem, mas aqui não se trata de ganhar bem ou não, de ter dinheiro de sobra ou não. Pelo menos a meu ver, quando se compra algo, nós avaliamos a natureza da coisa. Mesmo quando temos dinheiro de sobra, é ridículo gastar uma alta quantia em algo de natureza insignificante (pelo menos na visão de alguns, como eu). E nessa situação, um preço demasiadamente alto está sendo cobrado simplesmente para se ENTRAR no evento. Isso em um país onde o salário mínimo tem um valor de R$500,00 (mais ou menos), e muitos ganham menos do que isso.
Ok, em face desse preço, a resposta que se obtém é de que: a) os organizadores tem que pagar o aluguel do local – mas se é assim, para onde vai a grana (altíssima) que eles cobram pelo aluguel dos stands??? Que muito provavelmente já seria o suficiente para arcar com as despesas de aluguel do espaço e ainda fornecer lucro aos organizadores; b) o valor é alto por causa do show das bandas famosas que tocam no evento – até aí a desculpa até valeria SE
I – todos os presentes fossem por causa do show (afinal, pagar o preço de um show que eu não pretendo ver);
II – se as bandas prometidas realmente tocassem, pois certas vezes as bandas anunciadas acabam não comparecendo por problemas contratuais que os organizadores não conseguem resolver...e nesse caso...o valor do ingresso continua sendo o mesmo, com ou sem banda.
Mas deixemos isso de lado, e partamos a ponderações obvias. Mediante ingressos tão elevados, imagina-se que o evento vai ser um show de organização. Mas não é. Assim que chegamos ao local vemos filas e mais filas, e depois que entramos nos deparamos com uma grande massa de milhares de pessoas andando de forma desordenada e descordenada, sem direção. Dezenas de minutos são gastos para se andar de uma área a outra, e observar (ou adentrar) estandes é quase impossível. Não existe um fluxo organizado, não existe uma divisão de “vai”, “vem”, o que para a organização (que prepara o evento meses antes), seria simples, pois bastaria colocar um ou outro funcionário para cuidar desse detalhe, e demarcar sentidos de direção com faixas, pelo menos nas áreas mais movimentadas.
Como se não bastasse, chega a hora da comida. E claro, simplificar as coisas que é bom, nada! Primeiro é necessário pegar uma fila (para variar) e trocar o dinheiro por tickets em forma de dinheiro (!!! – correspondendo ao valor q entregou). Depois com seu “dinheirinho” na mão, você vai ao stand de alimentação que escolher e troca o “dinheirinho” por comida...claro, depois de pegar outra fila. Ou seja, se o dinheirinho vale a mesma quantidade que você deu em dinheiro real, porque não pagar direto em dinheiro de verdade no stand, e evitar que o público pegue mais uma fila (que até para entrar no banheiro tem)?
Porém, a pior parte de comer nos eventos não é a fila, e sim o preço/qualidade da comida. R$ 5,00 um cheeseburguer...que nada mais é do que pão (bem meia boa), carne e uma fatia de queijo. POR R$ 5,00!! Com pouco mais do que isso é possível ir a um rodízio de pizza, ou então comprar algumas gramas de queijo, uma caixa de hambúrguer para fritar, uma embalagem com 6 pães, e fazer a festa.
Resumindo, você paga caro para entrar (ainda se dessem um mangá de brinde na entrada...o que de forma alguma não diminuiria os lucros absurdos obtidos através das entradas, aluguéis de estandes, etc), tem que agüentar uma enorme desorganização e tem que pagar uma fortuna para comer um lanche miserável. Isso, ao meu ver, é uma tremenda falta de respeito com o público, com o CONSUMIDOR, que é tratado com uma fonte de dinheiro fácil pelos organizadores.
E sabe quando isso vai mudar? Provavelmente nunca, graças à molecada que orgulhosamente se deixa explorar, pagando quanto pedirem, já que ganham dinheiro do “papai”, e não fazem idéia do esforço que é conseguir o próprio dinheiro.
É isso aí, graças a soma de todos esses fatores, este que vos fala decidiu aproveitar melhor o próprio dinheiro e paciência, optando por abandonar de vez certos eventos.

Que saudades dos antigos encontros de RPG que, quando começaram a ser pagos, o valor era beeeeem menor e você ainda ganhava um livrinho de brinde.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Momentos...

Este texto foi escrito há uns tempos atrás... Não me lebro o dia, sei que foi depois de discutir com duas das pessosas que eu mais amo por causa de uma outra com quem eu me desentendi há muito, mas por quem eu ainda guardo um enorme carinho sem me importar se é reciproco.
Mais exemplos de como a estupidez humana nos tira momentos e oportunidades que NUNCA MAIS voltam!!!!
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Sabe, eu aprendi algumas coisas depois de passar por experiências muito ruins. Claro que a gente aprende com as boas, mas são as ruins que realmente costumam nos fazer mudar, as vezes completamente.
Ontem conversávamos sobre como as pessoas julgam umas as outras sem sequer sonhar em pensar imaginar oq ou pelo que elas passam ou passaram. Que deixamos o tempo passar sem aproveitar por causa destes prejulgamentos. Temos o péssimo hábito de achar que nossas opiniões estão acima de qualquer coisa, de nós, do outro, da vida e da morte... Pois bem, aprendi, com as “minhas” experiências que não é bem assim. Alguns dos muitos exemplos que eu poderia citar:

Meu primo me ensinou que pular na piscina com tudo é bom demais, que gritar e gargalhar podem mudar muita coisa, que aparecer de surpresa fazendo festa na casa dos tios é impagável e de uma forma infeliz, que meus irmãos são meus bens mais preciosos. Faleceu aos 19 anos, levou um tiro de graça de um assaltante. Vi como a irmã e os pais dele ficaram desolados, todos nós ficamos.

Meu tio me ensinou que ler livros com as notas de rodapé dele é fantástico, que o saber nunca é demais, que brigar e guardar rancor não vale a pena, que nos afastamos de pessoas que um dia foram importantes e nos proporcionaram momentos incríveis; que perdoar, ser perdoado e passar por cima de coisas sem importância pode salvar uma vida. Que hj é oq importa, ontem já foi e amanhã pode nunca chegar. Cometeu suicídio, e não se arrependeu antes de morrer no hospital, era oq ele queria. Ele e minha mãe brigaram muito em vida, assim como brigaram muito com a minha avó e ele brigou com os filhos, meu tio sempre foi um “Lobo da Estepe”.

Meu pai me ensinou a olhar as estrelas, dar importância para a natureza, o belo e o simples. Que viver é importante sempre, mesmo que seja difícil, torne fácil. Ser “maluco beleza” e “metamorfose ambulante” realizam os sonhos mais incríveis, mesmo que estes sonhos tenham acabado de surgir. Que sorrisos são mais importantes que bens materiais, ser honesto e digno gera respeito eterno em qualquer lugar (até hj falam do meu pai como um herói na firma que ele trabalhou durante anos e que meu irmão trabalha hj). Faleceu de câncer aos 57 anos, não conquistou uma posição invejável na carreira, não teve milhões em dinheiro, não ficou famoso nem descobriu a cura pra nenhuma doença. Mas fez o seu papel como homem e viveu intensamente, cada segundo da vida dele.

Isso explica um pouco do que eu me tornei depois de uma turbulência terrível, passei por um período negro na minha vida, agi de maneiras ruins com muitas pessoas, julguei, ataquei e machuquei. Foram quebrados muitos elos, mas eu ainda tento preservar alguns e várias pessoas não entendem como eu posso relevar as coisas e não guardar rancor. Bem, eu não quero mais fantasmas de o que um dia foi na minha vida, já tenho muitos que tento me livrar e não é fácil. Ninguém sabe os apertos do meu peito e as confusões da minha cabeça, só eu. Quero tentar compreender antes de fazer alguma coisa, quero segurar os impulsos pra não me arrepender a hora que o leite já tiver sido derramado, quero preservar oq é bom e jogar fora oq é ruim, dar importância para oq importa. Toco o foda-se mesmo. Aprendi que vale mais a pena um momento de sorrisos do que uma vida de amarguras e isso, eu não mudo mais.