terça-feira, 12 de maio de 2009

Pessoas e jogos.

Cada peça está em seu lugar, cada uma tem sua função dentro do grande tabuleiro, mas todas têm um objetivo comum: Derrubar as outras peças não importa como e nem o por quê. Mesmo que tais peças venham a fazer parte do mesmo time, não importa, o que importa é se sobressair e fazer com que as outras caiam. Caráter é algo que não existe, verdade e honestidade são proibidas. Só se permite golpes baixos e sujeira, quanto mais falso o jogador for, melhor... O jogo começa.
Uma a uma as peças vão sendo eliminadas, um lindo espetáculo de crueldade e mediocridade. Elas traem, enganam, mentem, todos são assim, mas, uma hora alguém tem que ceder. Todos jogam da mesma maneira, sorriem, enganam para dar o bote assim que o outro virar as costas, todos...
Todos sabem que todos são assim, tentam ser mais espertos e cruéis, mas sempre alguém cai, cobras venenosas morrendo com o próprio veneno, e nem se dão conta disto.
Quando a ultima peça se encontra sozinha, vendo todas as outras caídas e derrotadas ao seu redor, trunfa, comemora, finalmente venceu, foi a mais forte e esperta...
Enlouquece...
O veneno das outras, aquelas que estiveram ao seu lado durante tanto tempo, começa a tomar seu sangue, ataca os nervos mentais, deteriora aos poucos a sua sanidade, o triunfo passa a ser tormento. Afundada em seu infortúnio, em sua loucura e dor:

“MALDITOS TODOS VÔCES, MALDITOS FRACOS DERROTADOS”.

Consome-se lentamente, vai sendo derrotada pelo que pensa ser um “veneno” cravado em seu sangue, veneno deixado pelos outros, a sua arrogância e prepotência não lhe permite discernir as coisas, não lhe permite aceitar que ao vencer, ao derrubar a todos e ser o mais forte, acabou por encontrar sua derrota, pois não enxerga que o tal “veneno” nada mais é que a sua própria SOLIDÃO.

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